Entre o som e o silêncio, entre a memória e o presente, Paris surge como uma carta sonora. Ao longo das dez faixas, a pianista e compositora francesa Sarah Coponat constrói um retrato íntimo do mundo interior que existe entre o concreto e o sonho.
Conhecida pela fusão entre o clássico e o experimental, Coponat leva mais longe a sua linguagem: o piano é o ponto de partida, mas o espaço é preenchido por texturas eletrónicas subtis, ruídos urbanos e respirações que parecem vir de dentro das paredes da cidade. Cada faixa soa como uma lembrança perdida no tempo que volta a ganhar forma através do som.
Na entrevista que deu recentemente ao Ecletismo Musical [Para recordar: AQUI), quando lhe perguntámos o que significa identidade na música, ela respondeu: “ser fiel ao que vibra em mim, mesmo quando não compreendo o que é”. E é isso que faz de Paris um álbum tão necessário, não pela forma, mas pela coragem de permanecer no seu caminho, apesar das dificuldades do mundo “lá fora”.
E, como a própria recentemente referiu: “Don’t wait for the perfect moment. Don’t wait for permission. Never believe you can’t. When the world says no, do it anyway. Soon, they’ll be asking how you did it.”
Mais do que um álbum sobre Paris, Paris é um álbum sobre o que é entrar no universo interior de Sarah, a cidade interior, onde as ruas são memórias, os sons são sentimentos, e o amor é a arquitetura invisível que nos guia.
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