Harry Mack é um daqueles casos em que a palavra “freestyle” volta a significar exactamente aquilo que prometia: improviso. Cresceu em Portland, entre a bateria e o hip hop, a estudar jazz e a treinar a cabeça para inventar em tempo real, primeiro em dormitórios de universidade, depois nas ruas de Los Angeles.
Quando o vídeo do improviso em Venice Beach explodiu online, em 2017, deixou de ser apenas o amigo obcecado em rimar sobre tudo o que via e passou a ser o tipo que é chamado para mostrar o seu cérebro em directo ao lado de nomes como Kendrick Lamar ou Joey Bada$$, a transformar qualquer esquina em palco e qualquer grupo de desconhecidos em coro improvisado.
Em vez de esperar que alguém lhe desse um lugar na indústria, decidiu construir um mundo próprio no YouTube: Guerrilla Bars nas ruas, a rimar sobre pessoas e situações que aparecem do nada, e depois o formato que o tornaria definitivamente uma referência para milhões de pessoas, as Omegle Bars. Em plena pandemia, quando as cidades se esvaziaram, Harry ligava a câmara, entrava no caos aleatório do Omegle, pedia três ou quatro palavras a um desconhecido e, a partir daí, tudo acontecia sem rede.
A verdade é que estamos 2025 e Harry Mack, para além de álbuns de estúdio, EPs e digressões internacionais, continua a tratar o improviso como a sua maior base e as Omegle Bars continuam a ser o seu maior e melhor palco.
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